terça-feira, 20 de novembro de 2012

6 minutos

esse é o fim natural de todas as coisas cíclicas.
este blog não é tão necessário. eu não consigo mais precisar dele.
não gosto da idéia de ser essa menininha blogueira competindo emoções com a quantidade dos dedos.

fui muito longe pra voltar. e muito perto de mim pra não ficar.
eu fiquei.

também não consigo mais vestir o gato de rua vagabundo, no máximo prefiro o conforto da minha alma serena e perfeitamente emotiva. tô mais pra uma gata selvagem que foi castrada, de forma boa.
porém nunca adestrada.
 sabe a idéia da monogamia e pinguins?
pois, prefiro ser um pinguim do que ficar me gastando com aves cansadas e cansativas.

a percepção, ou o terceiro olho rolou enquanto desesperadamente aguardava notícias da minha mãe em um hospital público. instantes que mudaram tudo. eu tinha um jantar, uma roupa linda e intenções burras pra fechar um ciclo único porém, infelizmente não mais dialogável... mas naquele momento eu só queria alguém pra abraçar e não pra ostentar seguranças e me pagar um jantar.

- vou ficar quieta.

eu não vou me perder.
eu não vou perder nada.
eu não tenho nada a perder.

acabou este aqui.

FIM



6 Minutos

Otto

Não precisa falar
Nem saber de mim
E até pra morrer
Você tem que existir
Não precisa falar
Nem saber de mim
E até pra morrer
Você tem que existir
Nasceram flores num canto de um quarto escuro
Mas eu te juro, são flores de um longo inverno
Nasceram flores num canto de um quarto escuro
Mas eu te juro, são flores de um longo inverno
Isso é pra morrer
6 minutos
Instantes acabam a eternidade
Isso é pra viver
Momentos únicos
Bem junto na cama de um quarto de hotel
E você me falou de uma casa pequena
Com uma varanda, chamando as crianças pra jantar
Isso é pra viver
Momentos únicos
Bem junto na cama de um quarto de hotel
D'um quarto de hotel
Num quarto de hotel
Não precisa falar
Nem saber de mim
E até pra morrer
Você tem que existir

Nasceram flores num canto de um quarto escuro
Mas eu te juro, são flores de um longo inverno
Nasceram flores num canto de um quarto escuro
Mas eu te juro meu amor, são flores de um longo inverno
Isso é pra morrer
Você me falou
E eu estava lá e falei
Isso é pra morrer
6 minutos
Instantes acabam a eternidade
Isso é pra viver
Momentos únicos
Bem junto na cama de um quarto de hotel
E você me falou de uma casa pequena
Com uma varanda, chamando as crianças pra jantar
Isso é pra morrer
6 minutos
Instantes acabam a eternidade
Isso é pra viver
Momentos únicos
Bem junto na cama de um quarto de hotel
E você me falou
Num quarto de hotel
Num quarto de hotel

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

go, Iza, run

depois de ouvir todas as músicas Nouvelle Vague, de chorar até pegar no sono, de tratar todos os homens como retardados com sardas... de me humilhar com mensagens redundantes e quase pedir pra voltar... de ser encarada pelos amigos dele com "tadinha", de encher a cara e ter que lidar com meus medos, depois de dois dias, hoje encerra-se o LUTO. luto, obviamente marcado com uma postagem. me acostumei com a idéia. já parei com chocolate. já parei de tratar o sexo oposto mal. já parei com os cigarros frenéticos. já durmo sem chorar. já atendo ligações e já aceito convites. já parei de pensar onde errei. já entendi a idéia da nova boceta e esqueci de acreditar no "não é você,sou eu". já parei de me masturbar pensando nele. já sorri pra um estranho. já aceito a idéia de usar a nova lingerie com outro pau falante (mais pau, menos fala gentileza).
já fiquei viva.
afinal, de volta a sarjeta. onde é um bom lugar pra a bichana aqui. muito tempo acostumada com a mesma coisa. muito tempo acreditando num homem. muito tempo evitando homens. muito tempo me acostumando com aquilo. muito tempo sendo feliz com isso. rá!
- RÁ!
onde eu estava, quando resolvi acordar com ele? onde eu estava quando resolvi acreditar? onde eu estava quando me doei tanto? onde porra eu estava quando ouvi aquele blá blá blá "sou eu..." que não mandei ele pro cu?
a resposta é simples: eu não estava.
eu preciso estar sabe? e eu preciso de mim pra estar...

 a última atitude irracional do luto é obviamente encerrar um ciclo, iniciando outro.
é hora de cobrir aquela lingerie com a melhor roupa e sair pra jantar com um pau falante, e quem sabe ser persuadida a mostrá-la.
é respirar fundo e Estar viva em alto estilo.

não posso mais ficar me embreagando com pouco espaço e aquelas mesmas pessoas. não posso mais fingir estar interessada em todo assunto. eu posso mais.
vou ali fazer meus poros flamejarem.