quarta-feira, 27 de junho de 2012

a l e i j o

sempre me reconheço nas palavras. sempre encontro palavras que descrevam algo que talvez expressem algo que senti. que sentirei ou que sinto.

o presente fica sempre obscuro e eu sempre lido com isso com palavras. elas me livram da dúvida.
como se por eu escrever as coisas fizessem sentido.

eu escrevo. quase nunca tenho publicado (os alguns sabem porque). só em momentos de embreaguês como esse: no qual a gramática faz mais sentido que o sentido das palavras.

e escrevo sobre amor, quase sempre. quase sempre faz sentido escrever sobre amor. ou prazer, ou paixão. ou existência. sempre tão clichês....


tem sempre um otário na sua vida. ou alguém termina fazendo você de otário. não há um medidor de otarisse no meio da vida.
mas tem otário pra tudo e pra tudo tem gente querendo ser otário.
a vontade inerente de ser vistos os fazem sempre otários e perceptíveis.
impossível não perceber um otário.
os otários (como eu as vezes sou) são inocentemente ( ou não, mas gosto de tentar acreditar) destemidos e por isso chamados de otários por igualmentes otários. porque as pessoas nunca podem possibilitar a capacidade de serem transparentes.
porque a otarisse faz com que alguns queiram se mostrar e isso estraga todo resto.
nos, o resto, ficamos como pessoas igualmente otárias e demonstráveis.
e é uma merda.
a merda é querer foder com a cara deles.

não vim aqui dizer nada disso. e nada disso foi dito. então, eu não tenho nada a dizer.


------------------------------------

porque o meu arranhar de unhas nas tuas costas se fazem como arranha-céus em dia de lua e a lua só responde minguante quando deveria ser crescente. eu não sei se estou sentindo mas sei que o sentido não se faz ouvido e tuas mãos não arranham porra alguma. 


nós não conseguimos sentir nada. somos aleijados de alma.