sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

de volta tem volta

impossível conceber como as moléculas do seu corpo continuam agrupadas com você longe de mim.
você vai voltar e minha alma será atropelada de novo.
com as pernas quebradas eu vou ficar pensando:
- porque porra eu me deixei ficar nesse estado?
porque porra mesmo? porque?
só porque quero minha lingua nos teus dentes?
porque porra a mulher sempre se envolve mais? porque porra você sobrevive longe de mim e eu fico padecendo fagulhas e beijando estranhos? porque porra a porra das moléculas do seu corpo ainda estão agrupadas?

voltem moléculas! voltem, porque as minhas já se desintegraram e agora me acenam de longe fingindo tortura.

moléculas idiotas.



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

me esqueçam!!!

sabe a posteridade?
não me interessa!
esses putos comtemporâneos são os mesmos que cometem putisses no futuro.
é uma gente com necessidade de aparecer.
de querer ser visto.
é uma putisse sem tamanho, que tamanho é defeito.
é uma merda ambulante e pior de tudo, falante que não se enche de falar da vida alheia.
é um caos tedioso que não me completa.
por isso... vem cá, meu benzinho....
a posteridade não me interessa!
os mortos esquecidos descançam mais!


"Quão feliz é o destino de um inocente sem culpa. O mundo em esquecimento pelo mundo esquecido. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Cada orador aceito e cada desejo renunciado."

(Alexander Pope)

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...


eu não sei
se você sabe
que eu sei 
tudo
sobre nós


vivo a sombra dos pequenos imortais amores que renuncio por covardia ou por sabedoria e assim não amo
mas te cuido
eu me estouro as tripas e mordo teu coração 
respiro
você pira
e então
eu
não sei mais de nada do que há de haver ou haveria havido entre esse nós todos que renunciamos antes mesmo de amanhecer


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

adiós corazón

tem o certo. tem o errado. e tem o resto todo.

então eu vivo ou me deixo estar viva?

eu não sou mulherzinha. onde porra eu estava com a cabeça, pra supor  uma paixçao por um estranho gracinha que aparentemente tem exatamente tudo o que eu queria num macho e nada mais.
não era eu. era um conto de fadas com final ruim, previsível.
e eu quis fugir. tentei evitar. mas estava muito ocupada tentando não estar viva e me poluindo com pouca coisa.
me deixando pelos cantos com muita coisa na cabeça.
eu não vou voltar pro cantinho da sala e gemer filhadaputisse.
eu, eu não vou ser vitima do macho perfeito.
porque eu seria?
até de coração partido não sei ser vitima.
e dessa vez, foi um surto, um susto e um algo a mais que me fez acreditar que a perfeição personificada poderia se acostumar comigo.
eu. mulher com colhões. cheia de ansiedades e de impulssividades agressivas. sensivelmente vulnerável e intensamente feminina.
jamais.
não há macho para esta mulher aqui.
nem fêmea.
eu não me acostumo comigo.
mas estou acostumada a isso.
não venha você me fingir costumes.
vamos continuar fingindo que nada disso houve.